Mulheres no cenário musical e a longa busca por voz na indústria coreana

Há sempre controvérsias quando o assunto é mulheres na indústria musical coreana. Dentre inúmeros atos sexistas, comentários misóginos e desmerecimento, mulheres tentam e conseguem ter destaque. Por outro lado, não podemos negar a existência de uma grande desigualdade de gênero nesse âmbito – especialmente quando se trata do movimento Hip Hop da Coreia do Sul.

O rap coreano se popularizou bastante desde a criação de reality shows e sua internacionalização, ainda assim vemos pouca notoriedade feminina e muita objeção quando o tema é mulheres no cenário. Muitos deixam de discutir a respeito pois consideram esse ponto de pouca relevância. O problema é produzido não apenas pela sociedade mas também pelas grandes empresas e figuras públicas da Coreia do Sul.

Show Me The Money x Unpretty Rapstar


O Show Me The Money lançou sua primeira temporada em 2012 e, apesar das grandes e poucas participações femininas, nenhuma conseguiu vencer as etapas importantes do programa. Isso não mudou até então, mesmo com 4 temporadas lançadas. A maioria são deixadas de lado, não são levadas a sério. Em 2015 lançaram o Unpretty Rapstar, focado em rappers femininas. Mas por que a necessidade de um reality show apenas para mulheres se o SMTM sempre teve a participação de ambos gêneros?

Além disso, há diferenças gritantes na produção destes programas. Enquanto o SMTM faz uma audição com milhares de rappers, dando oportunidade aos não tão conhecidos, o UR escolhe suas participantes que, na sua maioria, já são conhecidas pelo público. Posto que ambos programas vivem de marketing, não devemos esquecer que o SMTM é levado um pouco mais a sério e, por consequência, seu rendimento é maior, totalmente contrário ao UR.


Machismo na indústria x Voz feminina


Apesar da Coreia do Sul ser um país conservador em muitas questões, o machismo é um comportamento universal. Quando uma figura feminina decide falar o que pensa muitos consideram inusitado e pouco relevante. As rappers têm características contrárias ao ponto de vista social que define a mulher como um ser sensível e delicado. É por isso que dentro da cena coreana há um certo preconceito quando as mulheres decidem “ousar’’ em mostrar seus talentos. Muitos consideram vulgar e pouco feminino quando uma garota decide ser mais do que um rosto bonito.
Jessica H.O., popularmente conhecida como Jessi, é uma das rappers mais bem sucedidas da Coreia. A cantora é integrante do trio Lucky J e participou da primeira edição do Unpretty Rapstar. Durante o reality show, Jessi foi alvo de críticas pela “forte personalidade” e líricas agressivas, mas nada a impediu de chegar à final da competição. Ainda assim, muitos a consideram intimidante unicamente por ser uma mulher. 

Em resposta aos comentários negativos, quais Jessi encarou da melhor forma possível, a rapper voltou às promoções solo com a música “Ssenunni” que no português é uma expressão como “unni/unnie feroz/forte” (“unnie” é um pronome de tratamento utilizado por mulheres mais novas ao direcionar-se às mais velhas), apelido atribuído a ela por sua personalidade. Assim como no Unpretty Rapstar, onde Jessi comentou ter o desejo de ver as rappers coreanas unidas e ganhando mais destaque, nos programas Happy Together e After School Club ela voltou a falar sobre os impactos de sua personalidade na própria carreira e também sobre o que pensa sobre uma mulher de fortes opiniões causar reações tão divergentes. Entretanto, ela demonstrou não se importar muito se a sociedade coreana aceita ou não mulheres a fazendo sair da zona de conforto, além de se orgulhar em ser uma “Ssenunni”.

Confira "Ssenunni" de Jessi





Outra personalidade forte é a de Yoon Mirae, considerada a melhor e mais influente rapper no cenário coreano, que apesar de nunca ter levado à grande mídia seu posicionamento sobre o sexismo na Coreia, sempre manteve seu caráter um tanto quanto “Ssenunni” em sua aparência e composições. Além de ser uma das primeiras rappers femininas a ganhar tamanho respeito no cenário.

Confira "#Capture The City" de Yoon Mirae



Ano passado o rapper Dok2 fez uma declaração polêmica em um debate sobre rap coreano na Universidade do Sul da California (USC). Quando falava sobre idols no cenário, uma entrevistadora perguntou o que este achava sobre as rappers mulheres. O CEO da Illionaire Records disse que ‘’não acredita que elas escrevam suas próprias letras”. Muitos alegam que ele estava se referindo às idols rappers femininas e não à rappers mulheres no geral, mas não deixa de entrar em discussão. Provavelmente não foi a primeira e nem a última vez em que um rapper declarou-se indiferente em relação aos trabalhos feitos por mulheres. Para a maioria deles, garotas não conseguem compor no mesmo nível. Elas são extremamente subestimadas dentro e fora da indústria.
Por outro lado, a subestimação não parece afetar algumas rappers que se determinam a mostrar seu potencial sem medo. Dentro de um mundo que inferioriza a voz das mulheres, rappers como Choi Sam demonstram que a arte e o sentimento não têm gênero. Suas líricas falam de situações cotidianas, problemas pessoais e até mesmo sobre essa questão da invisibilidade feminina. Ano passado a rapper fez uma colaboração com Mc Meta na música titulada “Show Me The Hip Hop’’ uma diss aos reality shows SMTM e UR por apresentarem uma ideia errada sobre o Hip Hop.

Confira "Gazes" de Choi Sam




Cheetah também se destaca pela sua composição. Vencedora da primeira temporada do UR, a rapper teve muitas dificuldades para alcançar a fama, começando por um acidente que sofreu no ano 2007 que a deixou em coma por um tempo e impossibilitada de cantar pelo uso de aparelhos respiratórios. Cheetah declarou ao público que superar essa experiência traumática a ajudou a traçar o caminho do sucesso.

Confira "Coma 07" de Cheetah



Mulheres no K-Pop

O Pop coreano também apresenta características sexistas tão problemáticas quanto as do cenário Hip Hop. É do conhecimento de boa parte dos ouvintes de música coreana o modo extremamente padronizado e exaustivo no qual a indústria se estrutura, com conceitos modelo de imagem, comportamento e caráter que podem desumanizar e deslegitimar as características naturais de seus artistas. Essa realidade é, obviamente, de não exclusividade feminina, mas pela misoginia gritante que constitui a sociedade coreana, as mulheres passam a estar sob mais pressão e violência.
Para entrar nessa parte, é inevitável mencionar um documentário exibido pela BBC em 2012, do grupo feminino de K-pop Nine Muses. O documentário mostra a jornada do grupo pré e pós estreia e as condições quais 9M e muitos outros grupos femininos são submetidos em busca de realizar o sonho de uma carreira musical: desrespeito, pressão, violência física, comentários extremamente maldosos sobre aparência e desenvolvimento, dietas rigorosas procurando alcançar o padrão de beleza coreano, entre outros meios de se tirar a dignidade de alguém.
Além do processo de criação dos grupos, outros elementos também chamam atenção por ter um viés desrespeitoso com artistas femininas. Embora machista, a afirmação de Dok2, já mencionada nessa publicação, reflete a realidade por trás da produção de músicas na coreia. É incomum ver mulheres escrevendo suas próprias letras, sejam elas rappers ou não. Parte disso, não tem qualquer relação com falta de habilidade: é simplesmente que a artista coreana deverá buscar agradar ao homem.  Boa parte das letras de grupos de garotas fala sobre amor, dedicação aos homens ou sobre ter boa aparência, pasmem, para agradar homens. Isso vai do conceito aegyo ao sexy, tendo raras exceções que se arriscam no meio duma indústria sexista, sendo muito valorizadas pela originalidade ou simplesmente atropeladas pela misoginia que fica no caminho e muitas vezes impede o sucesso.  Soma-se a isso, o fato de que boa parte do público que assiste o K-Pop é feminino e que ironicamente, as famosas fangirls tendem a acompanhar grupos masculinos. A estrada do sucesso para grupos de garotas é definitivamente mais difícil que para grupos masculinos.
Além disso, o K-Pop tende, sobretudo recentemente, a sexualizar as artistas em demasia. Essa sexualização involuntária é pauta de debate há anos, assim como também já resultou em respostas dos próprios artistas, incomodados com o resultado dum trabalho que não é reflexo de suas personalidades ou vontades. Exemplo, a ex-líder do grupo T-ARA, Hyomin, estará lançando seu comeback solo em breve com um conceito sexy que não lhe é de agrado e que teve as fotos de promoção editadas (com uma falsa nudez!) sem sua permissão. Outras artistas já se mostraram incomodadas com a sexualização alguma vez, entre elas Hyuna, as integrantes do grupo Stellar e Six Bomb.
O problema não está em escolher o conceito sexy ou o oposto, está na realidade que não permite as artistas femininas terem o livre arbítrio de decidirem como se expressar através da própria arte. No final, a realidade dos dois gêneros não difere em muita coisa. Uma mesma indústria sob uma mesma ideologia, que atinge mulheres igualmente não importando o ramo escolhido pelas mesmas.

Vamos aproveitar o 8 de março para refletir e para trabalhar numa reflexão diária. Parabéns a todas as mulheres!

Mais de artistas coreanas:

KittiB - Must Be Nice


JACE - Hashtag


Kisum - Feedback (part. Lil Cham, JACE, Bora, Adoonga)




 Yezi - Cider


Brown Eyed Girls - Sixth Sense


Resultados do HIPHOPPLAYA Awards 2015. Conheçam os Vencedores!

Olá pessoal, tudo bem??

Aproveitando o clima do Oscar e suas premiações, nosso post será dedicado a apresentar e comentar os resultados da premiação da webmagazine HIPHOPPLAYA, o maior e mais conceituado site com conteúdos totalmente dedicados ao Rap e ao R&B coreano.

O processo de votação do "HIPHOPPLAYA AWARDS FOR 2015" e suas categorias, foi totalmente conduzido pela internet. Nas categorias, constavam os indicados pelo site, através de seus críticos musicais, porém, existia um campo em que qualquer pessoa poderia indicar um outro(a) rapper/cantor(a), possibilitando ao público expressar até alguma discordância em relação aos nominados(as) pela crítica do HIPHOPPLAYA.

Essa premiação é importante para os/as rappers, pois durante o período de votação, entre Janeiro/Fevereiro, os nominados(as) compartilharam bastante os links de votação em suas redes sociais, como Facebook e Instagram. Ser indicado a uma premiação do HIPHOPPLAYA representa bastante para os/as artistas da cena, pois é uma vitrine grande, e garante bastante visibilidade ao trabalho dos/das nominados(as). Vejam na imagem abaixo as categorias!






1) ARTISTA DO ANO: E-SENS




1º E-Sens (41,477%) / Zico (21,532%) / Deepflow (14,838%)


Artista do ano: E-Sens. Que reviravolta foi esse ano de 2015 para o E-Sens. Depois da guerra de diss Control, na qual o E-Sens atacou fortemente seu antigo companheiro de Supreme Team, Simon Dominic e o CEO de sua antiga agência Amoeba Culture, Gaeko (Dynamic Duo), o E-Sens voltou a ser notícia, quando no dia 06 de Abril do ano passado foi apreendido pela polícia por uso de maconha. (Entenda o caso: http://www.soompi.com/2015/10/13/simon-dominic-testifies-for-e-sens-in-court-and-claims-some-responsibility-for-his-marijuana-use/ Mesmo na prisão, em Agosto de 2015 o E-Sens lançou o seu álbum "The Anecdote", com vários rappers promovendo seu trabalho nas redes sociais, incluindo o próprio Simon Dominic. O álbum topou diversos
coreanos, como o Naver e a Mnet. Letras consistentes e fortes são a grande marca deste álbum, escutem a faixa título do álbum abaixo, com legendas em inglês.

           


2) NOVATO DO ANO: BEWHY


1º Bewhy (48,283%) / 2º Zico (21,093%) / 3º Genius Nochang (12,053%)



Membro da crew $exyStreet (Junto com o C-Jamm), o rapper Bewhy neste ano de 2015 se consolidou na cena do rap coreano underground, ganhando fama e respeito. Depois de uma positiva participação no Show Me The Money, Bewhy fez uma série de colaborações com diversos rappers, além de ter sido extremamente requisitado para shows em diversas cidades coreanas. Bewhy também fez uma pequena participação no Unpretty Rapstar 2. O rapper se destaca também por sua versatilidade. O MV de sua track "The Time Goes On", lançada no ano passado, ultrapassou mais de 1 milhão de visualizações no YouTube. Por conta de seus feitos em 2015, além da solidez de seus trabalhos, Bewhy conquistou a maioria dos votos.

           

3) MELHOR COLABORADOR DO ANO: BABYLON



1º Babylon (21,344%) / 2º Nucksal (19,820%) / 3º Beenzino (16,147%)

Representante do R&B coreano, Babylon foi um dos cantores mais requisitados para colaborações no ano passado. Sua voz melódica pode ser encontrada em trabalhos com rappers como a Jessi, Paloalto e Zico. Foi uma vitória acirrada e surpreendente, pois ele desbancou nomes de peso no Rap coreano, como o Nucksal e o Beenzino.




4) ÁLBUM DO ANO: THE ANECDOTE (E-SENS)


           1º E-Sens - The Anecdote (53,105%) / Deepflow - 양화 (16,469%) / Jay Park - Worldwide (12,910%)

Sem dúvidas o melhor álbum do ano. Kang Minho (Nome real do E-Sens) já sabia os rumos que sua sentença na prisão iria levar, mas deixou essa jóia antes de ser preso. Suas músicas lideraram charts musicais como Naver e Mnet. A porcentagem de votação para essa categoria mostrou uma diferença esmagadora para os trabalhos do Deepflow e da surpresa Jay Park. Esse álbum definitivamente entrou para a história do Rap coreano.


                                                                  Tracklist do "The Anecdote" (2015)


5) PRODUTOR DO ANO: CODE KUNST



                          1º Code Kunst (29,993%) / 2º Gray (25,018%) / 3º Genius Nochang (18,360)

Code Kunst
é um dos maiores beatmakers da Coreia do Sul. Domina o ofício como ninguém. Super requisitado no underground, Code Kunst fez mixtapes em que convidava rappers para rimarem em seus beats, tamanha a importância e respeito que ele possui na cena. Em 2015, Code Kunst assinou com o selo HIGHGRND, filiada a YG Ent e administrada pelo Tablo (EPIK HIGH). Também no ano passado, Code Kunst lançou o álbum Crumple, onde ele reuniu um time seleto para colaborarem em suas músicas. Owen Ovadoz, Paloalto, C-Jamm, UglyDuck, Giriboy, dentre outros fizeram parte desse trabalho.

          
          


6) MÚSICA DO ANO: KEITH APE - IT G MA


1º Keith Ape - It G Ma (Feat. JayAllDay, Loota, Okasian, Kohh) (16,598%) / 2º Deepflow - 작두 (Feat. Nucksal, Huckleberry P) (13,796%) / 3º C-Jamm - Illusion (13,374%)


Sim, música do ano. Nem precisava de votação na verdade. Keith Ape, com sua track "It G Ma"colocou o Rap coreano nos holofotes. Junto com os rappers JayAllDay, Loota, Okasian e Kohh, em uma rara colaboração entre rappers coreanos e japoneses, It G Ma ganhou ampla audiência após o vídeo ser publicado no portal WORLDSTARHIPHOP, o maior site dedicado ao Rap dos Estados Unidos, comparando o Keith Ape ao rapper OG Maco. Inclusive It G Ma é muito similar a música e o clipe de "U Guessed It" do OG Maco. Várias acusações de plágio surgiram no Twitter, o próprio OG Maco disparou várias vezes contra os rappers da The Cohort. Keith Ape e seus ninjas declararam que se inspiraram sim em OG Maco, mas que colocaram seus estilos próprios na música.

Mesmo com os protestos do OG Maco, a música continuou a viralizar, inclusive o famoso produtor americano Jermaine Dupri retweetou It G Ma. Resultado disso tudo, é que em questão de meses tudo mudou na vida do Keith Ape, e para a The Cohort até certo ponto também. O rapper foi morar em Los Angeles, rompendo com a Hi Lite Records e assinando com a CXSHONLY, gravadora da qual o rapper Dumbfoundead faz parte. Um remix de It G Ma, com nomes conhecidos na cena do Rap americano, como Wacka Focka Flame, Father, Dumbfoundead e A$AP Ferg. O MV da colaboração original (KOR x JAP) já atingiu a marca de 20 milhões de visualizações. É o clipe de rap coreano mais visto na história.




7) MELHOR MV DO ANO: KEITH APE - IT G MA


1º Keith Ape - It G Ma (Feat. JayAllDay, Loota, Okasian, Kohh) (27,178%) / 2º C-Jamm - Illusion (20,557%) / 3º Vasco - Whoa Ha! (10,732%)



MV feito com baixo custo de produção, como a grande maioria dos MVs dos rappers coreanos, mas que cativou muita gente pelo mundo. Milhares de gifs foram feitos depois desse clipe, os gestos, e os efeitos especiais se tornaram fonte de inspiração para outros clipes no ano. Dirigido por Jan'Qui e o Art Dealer, o sucesso foi tanto, que eles foram chamados para colocarem efeitos especiais no clipe de "Dr Pepper" da CL, que coincidentemente, tem participação do OG Maco. Irônico né?


          


8) ARTISTA DE R&B DO ANO: DEAN


                                            1) DEAN (28,552%) / 2º Zion.T (23,978%) / 3º Crush (18,711%)

O Dean é um fenômeno difícil de explicar. Ele simplesmente destronou o Zion.T e a sua poderosa canção "Yanghwa Bridge". Este cantor de R&B surgiu com força em 2015, com uma série de colaborações notáveis com rappers como Zico e Dok2. Simultaneamente, debutou nos EUA, com a faixa "Im Not Sorry", com o premiado cantor Eric Bellinger.Também já fez colaborações com Crush, Zion.T, Jeff Bernat, Anderson Paak. Mas a trajetória de Dean já possuía grandes feitos, escrevendo músicas para grupos famosos de K-Pop como EXO e VIXX. Em 2016 podemos esperar muito mais desse grande cantor.


          


9) COLABORAÇÃO DO ANO: DEEPFLOW - 작두 (Feat. Nucksal & Huckleberry P)


1º Deepflow - 작두 (Feat. Nucksal & Huckleberry P) (12,5%) / 2º Tablo x Joey Badass x Code Kunst - Hood (10,1%) / 3º Keith Ape - It G Ma (Feat. JayAllDay, Loota, Okasian & Kohh

작두 realmente dominou 2015. Deepflow disponibilizou o instrumental dessa música, que retoma as tradições do boom bap, que estão um pouco apagadas na Coreia. Porém o underground entendeu a mensagem do líder da VISMAJOR COMPANY, e muitos remixes de 작두 surgiram na internet, sendo um dos beats mais usados, se não, o mais usado pelos rappers.


           


10) MIXTAPE DO ANO: SWINGS - "Levitate"


         1º Swings - Levitate (43,311%) / 2° Loopy - King Loopy (25,055%) / Nafla - THIS & THAT (23,725%)


Depois da controversa saída antecipada do serviço militar (A junta médica do Exército Coreano deu um parecer pela saída do rapper do serviço militar por instabilidade mental). Swings voltou ao Rap game, e já chegou disparando tiros em sua mixtape Levitate, lançada no final do ano passado. Com um remix de "Energy" do Drake... "I got enemies, got a lot of enemies..." Swings soltou punchlines pesadíssimas que miraram grandes nomes do rap coreano, inclusive Paloalto da Hi-Lite Records.  Nessa mixtape, Swings mostrou que tinha muita raiva para ser canalizada em forma de música, e o peso de seus sons garantiram esta premiação para o mesmo, mostrando que a Just Music está na briga pelo seu espaço.



          


11) MELHOR SHOW DO ANO: HUCKLEBERRY P


                                    1º Huckleberry P (24,12%) / 2º The Cry (7,12%) / 3º Dokdo (6,0%)


Sou um pouco suspeito pra falar, pois o rapaz que vos escreve é muito fã do Huck P. A escolha desse show não é a toa. Presença de palco única e inigualável, interatividade com o público, além de suas músicas serem pura poesia. Sério, não preciso nem falar mais nada. Vejam o vídeo e tirem suas próprias conclusões.


          



12) ARTE DE ÁLBUM DO ANO: DEEPFLOW



                                                                            1º Deepflow - 양화 (12,7%)


13) LETRA DO ANO: C-JAMM - "Illusion"



1º C-Jamm - Illusion (16,6%) /2º Dok2 - 내가 (Feat. Beenzino & The Quiett) (7,0%) / Keith Ape  - It G Ma (6,0%)

Ah, Illusion... Essa música do C-Jamm causou o maior rebuliço quando surgiu no final do ano passado, se tornando um dos assuntos mais comentados entre os fãs de rap coreano. Inclusive já falamos algumas vezes dela por aqui no blog, olhem os posts anteriores. Foi necessário até um vídeo do C-Jamm conversando com o Swings para explicar os motivos da elaboração da música. Lembrando que essa categoria dá destaque a linha mais significativa que surgiu no ano, e não sobre a letra inteira da música.

         




14) GRAVADORA DO ANO: AOMG




                                 1) AOMG (22,8%) / 2º Just Music (14,4%) / 3º Vismajor Company (12,7%)

O ano de 2015 foi de muito trabalho para a AOMG. Em busca de se fortalecerem na cena, lançaram diversas produções, participaram de programas como Show Me The Money e Unpretty Rapstar como produtores, e recrutaram a cantora de R&B, Hoody para o time, além de assinarem com o conglomerado de empresas do ramo de entretenimento CJ&EM, assim como a Hi-Lite Records. Sob o comando de Jay Park e Simon D, o objetivo é chegar ao topo, e estão indo na direção certa.

          




15) ÍCONE DE MODA DO ANO: ZICO



                                              1º Zico (22,1%) / 2º Okasian (14,4%) / 3º Beenzino (8,6%)

Categoria meio estranha, mas os coreanos valorizam bastante essa questão do swag, e das roupas que os rappers vestem. Ponto pra o Zico.


16) ASSUNTO DO ANO: THE ANECDOTE (E-SENS)


1º The Anecdote (E-Sens) (37,8%) / 2º Korean Rap sucks, bad (Keith Ape) (13,1%) / 3º CJ E&M Hi-Lite Records e AOMG (10,5%)


Sem dúvidas o grande vencedor foi o E-Sens, com o seu álbum "The Anecdote" sendo o assunto mais comentado do ano entre os fãs de rap coreano. Superando a declaração bombástica do Keith Ape na revista Noisey, dizendo que o "Rap coreano era ruim" e a entrada dos selos Hi-Lite Records e AOMG no conglomerado CJ E&M (O comentário era de que esses selos se venderam para o mercado).


17) ESTRELA EM ASCENSÃO DO ANO: NAFLA


                               1º Nafla (32,536%) / 2º Owen Ovadoz (21,377%) / 3º JUSTHIS (16,812%)
Coreano, mas radicado em Los Angeles, EUA. Nafla faz parte do coletivo MKIT RAIN, juntamente com Loopy, Owen Ovadoz e Bloo. Por ter crescido fora da Coreia, seu Rap se desenvolveu a partir de outras influências, no caldeirão multicultural que é LA. Cada vez mais é requisitado para shows em sua terra natal, ganhando audiência e alguns inimigos também. Diversas diss tracks tem surgido em ataque aos rappers de LA. Porém isso não tem abalado Nafla, que segue trabalhando bastante, e 2016 promete grandes feitos desse rapper.

          


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Com isso, chegamos ao fim de mais uma postagem. Gostaram? Agora é necessário destacarmos uma coisa: A ausência de rappers femininas entre as nomeações. Infelizmente, pois elas não deixam a desejar em nada em termos técnicos. Por isso que trabalhos como o do Fana Kim e o The Ugly Junction são fundamentais e as femcees sempre estão presentes nesses espaços.

Uma outra ausência notável é o selo Brand New Music, apesar de estarem em evidência o ano inteiro, e seus artistas lançando trabalho a cada mês, nenhum deles entrou no top 3 das categorias. San E deve ter ficado desapontado...

Obrigado a todos pela leitura! Se puderem, compartilhem nossa postagem, e comentem o que acharam dos vencedores! Tem alguma sugestão de pauta? Mandem pra gente!!!

[ENTREVISTA] Fana (화나).

Olá pessoal, tudo bem?

Anunciamos em nossa página que teríamos uma BOMBA para ser publicada. Temos uma nova entrevista na área! Foi realmente uma honra concretizar esse trabalho, ainda mais com a quantidade de informações relevantes que ela vai trazer durante a leitura de vocês :)

Depois de entrevistas com o Khundi Panda e o Chancey The Glow, ainda em 2015, iniciamos o ciclo de entrevistas de 2016 com um dos artistas mais importantes e influentes no cenário do rap underground coreano, dono de um estilo único, uma técnica incrível, cheio de musicalidade, extremamente versátil. Esse é o Fana! Contemporâneo de nomes como The Quiett, Jerry.K Loquence, Crucial Star, Mad Clown, na lendária Soul Company, possuindo uma grande número de fãs e bastante respeitado dentro e fora da cena. 

A relevância do Fana vai muito além do Rap. Ele é um cara que vive o Hip-Hop, e a sua luta principal é pela sobrevivência da cultura, fazendo com que os artistas tenham um espaço (fazendo as sementes germinarem). Para os artistas independentes, esse tipo de espaço faz toda diferença.

                          

Para quem conhece um pouco do Rap Nacional, o MC Marechal, rapper carioca que vive em Niterói (RJ), desenvolve diversas iniciativas em fomento a cultura Hip-Hop com seu coletivo #VVAR (Vamos Voltar à Realidade). Uma das iniciativas mais conhecidas, é a famosa Batalha do Conhecimento, que tem revelado grandes rappers ao longo de sua existência. Outra iniciativa fantástica do MC Marechal, é o Projeto Livrar, distribuindo livros de autores independentes em seus shows, buscando fomentar a leitura entre os jovens.

Nessa mesma intencionalidade de fazer as sementes crescerem, porém do outro lado do mundo, Fana já organizou mais 60 edições do The Ugly Junction, shows independentes para garantir aos rappers do underground coreano a possibilidade de subir em um palco com uma estrutura digna, e assim, realizarem suas performances. O objetivo único é fazer com que a cultura do Rap continue forte e se perpetue.





Considerando a grande relevância que o Fana possui para o Rap Coreano, entramos em contato com o mesmo, que foi super gentil, mesmo com as barreiras linguísticas. A quantidade de informações incríveis sobre o Rap que ele carrega é impressionante, e em cada linha das respostas, deu para perceber sua paixão pelo Hip-Hop. Nossa entrevista foi feita via e-mail. Confiram!

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(RAP MADE IN KOREA) Olá Fana! É uma honra ter a oportunidade de conversar com você. Talvez alguns de nossos leitores no Brasil não lhe conheça, você poderia fazer uma breve apresentação?

(FANA) Olá! Eu sou Fana Kim, de Gwangmyeong (subúrbio de Seul). Coreano, 30 anos de idade (32 na Coreia). Eu pertenço a algumas crews como Buckwilds, Fresh Avenue (Projeto com o Dj Wegun), 3RDDAN, STONESHIP, entre outras.

(RAP MADE IN KOREA) Em que momento da sua vida você decidiu fazer Rap? O que, ou quem, lhe motivou a ser um rapper?

(FANA) Quando eu tinha 14 anos (idade coreana), existia uma boate chamada "Master Plan" em Seul. Era um lugar pequeno, porém, muitos rappers da primeira geração do Rap coreano performaram naquele palco. Nomes como Garion, Joosuc, Da Crew, Side-B, Ill Skillz, MC Sniper, Honey Family, e muitos outros. Eu particularmente gostei do Dope Boyz Gang. Atualmente poucas pessoas sabem sobre eles. De qualquer modo , logo na primeira vez que eu fui lá, eu decidi que também tinha que fazer isso. Deixo um link para vocês desse tempo.


                          



(RAP MADE IN KOREA) Como foi seu processo de evolução enquanto artista? O que inspirava suas letras quando você começou?

(FANA) Bem, eu não sabia nada como fazer Rap. O Hip-Hop era pouco conhecido na Coreia, e não existia Internet nesses dias, você consegue imaginar? Então eu tive que rimar em cima de algumas poucas fitas cassetes licenciadas ou indo ver alguns shows ao vivo que eram muito difícil de encontrar. No começo, eu escrevia sobre qualquer coisa ao meu redor todo dia. E assim, de alguma maneira, eu finalmente eu encontrei a minha maneira, o meu estilo, a minha voz, as minhas histórias.

(RAP MADE IN KOREA) Suas mixtapes, como "FANAtic", "FANAttitude", "Brain Storm", por exemplo, possuem milhares de plays no YouTube. Um trabalho sólido! Neles, podemos escutar diversas referências a outros gêneros musicais nos instrumentais dos seus trabalhos. Que gêneros musicais você gosta de ouvir?

(FANA) Você sabe, todas experiências musicais ajudaram o meu trabalho. Eu escutei o underground e o hardcore Hip-Hop. Quando eu era mais novo, as vezes escutava Metal Industrial, como Rammstein ou Marilyn Manson, por exemplo. Nestes dias eu tenho escutado Folk, Blues, canções coreanas antigas de Pop, e muitos outros.

(RAP MADE IN KOREA) Você trabalhou com grandes nomes da cena, como The Quiett, Ignito, Mad Clown, Dok2, Deepflow. Como esses rappers ajudaram você a crescer como artista?

(FANA) Eles são meus amigos antigos neste jogo. Então todas as colaborações são naturais. Nós sempre acabamos aprendendo uma ou mais coisas novas nestes trabalhos.

(RAP MADE IN KOREA) E as suas memórias em relação a Soul Company? Você poderia contar como você se juntou a esse coletivo?

(FANA) Eu fui um dos membros fundadores da Soul Company. Antes disso, nos éramos um pequeno grupo chamado "The Bangerz". MC META era o líder do grupo. The Quiett também era um integrante. Kebee, Jerry.K, também eram membros.  Nós éramos jovens, apaixonados, talentosos, e rappers pobres. Em 2004, nós queríamos fazer um álbum de compilação, mas nós não tínhamos o dinheiro suficiente, então, nós nos apresentamos em uma praça para fazer dinheiro suficiente. Foi um trabalho duro, nós precisávamos de mais ou menos 2 milhões de Won (₩), mas nós conseguimos 40.000₩ por performance, algo em torno de uns 130R$. Não sei muito bem sobre os valores da moeda brasileira. Longa história, nós fizemos um álbum chamado "The Bangerz" e de alguma maneira, ao mesmo tempo, fundamos a Soul Company. Para nossa sorte, esse álbum vendeu muito bem sem nenhuma companhia de distribuição. Assim, nós ganhamos uma reputação. E esse foi o nosso primeiro passo.


            

(RAP MADE IN KOREA) Depois disso, como você se juntou a Buckwilds crew? Nós podemos esperar grandes colaborações semelhantes a "Show Stoppers" nesse ano?

(FANA) Bem, eu não algo, talvez sim, talvez não. Mas eu espero colaborações também! Um fato: Buckwilds não é um grupo de música. Nós somos apenas um grupo de amigos baseados no respeito, diversão e loucuras. Eu entrei nessa crew por quê eu perdi em um jogo de dardos. Eu estou falando sério.


          


(RAP MADE IN KOREA) Alguns dos membros da Buckwilds, como o Hanhae, Lil Boi, TakeOne, Andup, Zico (Enquanto um dos Producers), participaram do Show Me The Money. Agora, o programa é um hot topic nas letras dos rappers, falando coisas boas ou ruins. Qual a sua opinião sobre o programa? É algo positivo ou negativo?

(FANA) Esse programa e eu compartilhamos uma relação tempestuosa. Muitos fãs de K-HipHop aqui na Coreia sabem disso. Eles me chamam em toda temporada. A primeira temporada em que eu participei foi a pior. Eles queriam esconder minha carreira e me mostrar no show como um novato desesperado (Eles disseram: Precisamos de um personagem). Isso foi um insulto pra mim, meus fãs, para o Hip-Hop underground. Muitos rappers e fãs ficaram com raiva disso.  Então, eu, é claro, rejeitei isso. Mas, como eu já disse, eles me chamam toda temporada, sem nenhum pedido de desculpas. Uma coisa engraçada é que meu primeiro álbum foi distribuído pela Mnet (Produtora do Show Me The Money e canal televisivo). Na quarta temporada, eles queriam que eu participasse do show como um producer junto com o Zico (Rapper do Block B e membro da Buckwilds crew). Então eu finalmente concordei, pois me pareceu ok se o Zico estivesse comigo. Mas, eles me cortaram faltando poucos dias para começar as filmagens. Tudo mudou. O programa sempre vai estar associado ao dinheiro e as políticas da indústria da música. Eu fui uma vítima no meio de uma negociação entre as grandes companhias. Agora, eu estou do lado oposto do programa, como um rapper underground.

(RAP MADE IN KOREA) Quando você iniciou o seu trabalho organizando o The Ugly Junction? Você pode explicar aos leitores do blog os objetivos deste trabalho?

(FANA) Eu iniciei os trabalhos com o TUJ desde 2010. Eu organizei aproximadamente uns 60 shows ao vivo. Muitos artistas famosos se apresentaram nos meus shows quando eles ainda não tinham grandes nomes, como Zico, Geeks (Louie & Lil Boi), Simon Dominic, Loco, Zion.T, Crush, The Quiett, Dok2, Beenzino, Mad Clown, Paloalto, Swings, C-Jamm, Olltii, Giriboy, e muitos, muitos outros, é incontável. Em 2013 eu fiz uma competição entre as artistas do rap. As finalistas continuam indo muito bem. Ash-B, Jvcki Wai, KanaBATHE, Cocca, AG0, por exemplo, elas são o futuro das "femcees" coreanas. E recentemente eu estou produzindo outra série de shows ao vivo chamada "Bal-ah (발아)", que significa germinação de sementes. Este show apresenta os artistas talentosos, porém, sem chance de se apresentar. A coisa mais importante do meu trabalho com o TUJ é fazer com que a cultura continue e nunca acabe.

(RAP MADE IN KOREA) O que você pensa sobre o futuro do Hangul Hip-Hop? Que artista rookie podemos esperar grandes coisas?

(FANA) Muitos rookies estão indo muito bem. Mas, eu tenho observado e pensado sobre a falta de variedade dos trabalhos deles. Mesmos beats, mesmos estilos, mesmas vozes. Eu acredito que eles precisam encontrar suas próprias personalidades.

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E com isso, chegamos ao fim de mais uma postagem! A dedicação do Fana em relação ao Hip-Hop é algo realmente inspirador! Foram respostas que nos ajudaram a gente entender como funcionam as coisas na Coreia em relação ao Rap. Enquanto uns buscam o dinheiro e a fama a qualquer custo, outros permanecem na batalha, remando contra a maré, defendendo com umas e dentes os seus ideais! Vocês gostaram da postagem? Contem pra gente! Além disso, conheçam mais do trabalho do Fana, vale muito a pena!



Agora temos um LAYOUT novo!

Olá pessoal, tudo bem?

Já faz um tempo que não temos postagens no blog. Mil desculpas! Porém, para tudo em nossas vidas existe uma razão. Nosso hiato de postagens dessa vez foi algo proposital! O blog passou por reformas Temos um layout novo!!!! =)

Vocês viram que nossa página no Facebook também passou por mudanças? Sim, agora temos uma logomarca, e nossos queridos Okasian e Keith Ape com o selo do Rap Made In Korea, como garotos-propaganda.

Porém, tudo isso se deve primeiramente a gloriosa Ana Paula Martins (Chola Mais), que colaborou para deixar nossas redes sociais com toda qualidade que os nossos leitores merecem. Indicamos bastante a contratação dos serviços dela viu? Uma grande designer, vocês não vão se arrepender em realizar qualquer investimento com ela. 


        Nossa foto de capa da página no Facebook

Nossa logo do Facebook, vejam como ficou lindo, a logo no ombro do Okasian.

O layout do blog é um template massa que pode ser encontrado aqui nesse site: http://www.deluxetemplates.net/. Lá tem temas que atendem blogs de diferentes formatos, a partir do número de colunas, tipo de conteúdo contemplado pelo blog.  Além de templates exclusivos para o Blogger, também está disponível no site os templates para Wordpress.

Esse foi o caminho que a Ana seguiu para deixar nosso blog perfeito! Gostaram? Ah, se forem meter a mão na massa, se liguem na necessidade de dominar o básico de Linguagem HTML. para configurar o template no blog. Alguns vídeos estão disponíveis no YouTube! Quem se interessar em construir o seu próprio blog, ou página no Facebook, esperamos que esta postagem tenha sido útil.

Por quê não publicar conteúdos exclusivos de seus/suas rappers favoritos/favoritas, num trabalho feito de fãs para fãs? Essa dedicação vale a pena! :)


Enfim, fiquem ligados, pois novidades estão por vir! Continuem acompanhando nossa página e nosso blog! Obrigado a todos! o/




[PROFILE] Tymee (타이미).

Olá pessoal!

Desculpem o breve hiato de postagens. Por problemas técnicos (Vírus, muitos vírus), postar no blog, e até na página do Facebook foi um pouco complicado. Porém, estamos de volta, no nosso primeiro post do ano, 2016, nós começamos! Woooot! XDDDD

E atendendo aos pedidos que chegaram recentemente em nossa página, vamos ampliar os conteúdos relacionados as female rappers! Sim meus queridos, as mulheres tem voz nesse universo que é o Rap coreano.

Do underground ao mainstream, elas estão sempre presentes. Nas girlgroups do K-Pop sempre tem uma integrante que ocupa o posto de rapper. Porém, no underground, a competição entre elas é muito mais acirrada, além de disputar espaços com os rappers. E elas disputam de igual para igual com os homens. Uma dessas rappers é a Tymee. Nesse post, vamos trazer as informações mais relevantes e interessantes sobre essa grande rapper.




Lee Ok Joo, utiliza atualmente o alias Tymee, no passado, adotou os nomes de Napper, e E.via. Nasceu em Seul, no dia 06 de Dezembro de 1985, e tem 30 anos de idade. Dá pra acreditar nisso??

Além de rapper, e obviamente compositora, ela é pianista. Atualmente ela é artista do selo pertencente ao famoso rapper Outsider, chamada ASSA Communication. Tymee também é conhecida como a rapper mais rápida da Coreia, com uma incrível capacidade de rimar rapidamente, possuindo um flow único dentre as rappers. Tymee faz parte da crew Rare Hearts (Junto com Outsider, 2TAK, Kuan e Lupang).

A Tymee possui uma trajetória marcada por muita luta no cenário musical coreano. É recorrente aqui no blog afirmar essa questão nos nossos posts. A história dela representa muito bem isso. Em 2003, Tymee lançou suas primeiras canções, com o alias Napper (Tymee descreve que Napper é o lado dela mais profundo e devagar no Rap).

Nesse período, inclusive lançou um álbum, chamado "Unfliable Bird Respect Thy Self", confira as raízes da Tymee aqui abaixo, o álbum está contido nessa playlist do Soundcloud.





Nesse álbum já podemos sentir a profundidade da artista, além do potencial que existia nela. Logo, a Tymee chamou atenção de um selo independente, chamado Dline Art Media. A partir disso, ela começou a usar o alias de E.via. Em 2009, no dia 18 de Maio, ela lançou seu segundo álbum, agora enquanto artista da Dline, chamado "E.via a.k.a Happy Evil". Nesse álbum, Tymee contou com participações de nomes conhecidos do Rap coreano como Vasco, Basick, Innovator e JiGooIn, além da cantora Sori.

Essa colaboração com a cantora Sori proporcionou a Tymee uma considerável popularidade e atenção por parte da mídia. Uma de suas faixas "Oppa! Can I Do It?" foi banida do programa musical Music Bank, devido ao conteúdo agressivo e sexual de suas letras, impossibilitando a Tymee de performar nos shows televisivos. Posteriormente, todas as outras faixas de seu álbum foram banidas para transmissões em TV. Infelizmente, a fonte para ouvir o primeiro álbum está indisponível (Não conseguimos achar em outro lugar :/ )

Tymee lançou um álbum com remixes das músicas de seu álbum anterior em colaboração com o DJ Motiphie ainda em 2009, vejam aqui: http://nhac.vui.vn/motiphie-meets-evia-2009-evia-a14423p7492.html

Em 2010, Tymee lançou "Shake!", uma baladinha com pegada eletrônica e  raps super-rápidos e animados. Apesar do MV "inapropriado para menores de 18 anos", foi com essa música que finalmente ela conseguiu performar nos programas televisivos. Ironicamente, foi no próprio Music Bank que Tymee pode performar. Confira abaixo o MV de Shake! e sua performance no Music Bank, com direito a coreografia e tudo!!!!










A música "Shake!" foi o single promovido do seu álbum "Must Have". No canal "Tymee subs" vocês podem encontrar algumas faixas desse álbum. Uma destas faixas, chamada "Pure Love of a Girl" possui uma pegada bem pop, e contou com a colaboração do famoso rapper MadClown, confira no vídeo abaixo!

Depois desse álbum, Tymee lançou outro álbum, chamado "Via Polar", ainda em 2010. Escute esse álbum aqui, disponibilizado por um site chinês, só dar o play: http://y.qq.com/#type=album&mid=004TRMjO09I0DC&play=0




Tymee, ainda como E.via, retornou em 2012, com o mini-álbum "E.VIAGRADATION Part.1 (Black & Red)". A faixa "Crazy Fate" mostrou o amadurecimento da Tymee enquanto artista. O MV desta faixa mostra uma E.via empoderada, disposta a quebrar barreiras e expressar os seus sentimentos de uma maneira mais profunda. Porém, as cenas de nudez e sangue, causaram bastante polêmica em terras coreanas. Tymee, mais uma vez, foi banida de promoções nos programas musicais.




No dia 05 de Janeiro de 2013, E.via anunciou sua saída oficial da Dline Media em uma rede social. Esclarecendo aos fans os acontecimentos que motivaram a mesma a tomar essa decisão.

"
Eu estou numa situação similar ao Block B, que estiveram nas notícias recentemente. Eu li os relatos de que os membros do Block B não receberam pagamento por um ano. Eu mesma não tenho recebido nada da venda dos meus álbuns por dois anos. Eu pensei que essa situação teria uma resolução quando meu contrato expirasse, recebi 0$ em pagamento dos meus álbuns nesses últimos dois anos."

Sua agência ainda tentou renovar seu contrato, porém a Tymee recusou. Nesse momento, o representante da agência atirou uma carteira de cigarros na cara dela, e vociferou inúmeros insultos para a rapper. 

Depois desse episódio, Tymee assinou com a ASSA Comunication, selo do rapper Outsider. E ainda em 2013, lançou um single digital: "On The River"



Além desse single, Tymee lançou duas diss tracks. "From You Bitch" para sua antiga desafeta Jolly V, e "CONT LOL" em resposta as provocações lançadas por Swings na guerra aberta do Rap coreano no efeito Control, lançada por Big Sean e Kendrick Lamar. Tem um post grande aqui no blog explicando essa treta, se não viu, veja aqui! http://rap-madeinkorea.blogspot.com.br/2015/12/c-jamm-swings-e-just-music-de-volta-na.html

Em 2014, Tymee fez parte do projeto Sound Providers of Korea, que reuniu diversos rappers como San E, MC Meta, Naachal, Huckleberry P, New Champ, Jolly V, dentre outros.




Nesse mesmo ano, Tymee ainda lançou mais 2 singles: "Rising Star" e "Super Flower". Ela também participou da 3ª edição do programa de sobrevivência para rappers Show Me The Money, do canal Mnet. Porem, foi eliminada logo no começo do programa, esquecendo as letras de um rap de 60 segundos. Falha que não teve perdão dos rappers produtores do programa (Que tinham uma grande expectativa nela).


Essa eliminação da Tymee fez com que ela parasse sua carreira, sem escrever suas rimas por um bom tempo. Em 2015, Tymee participou do programa de sobrevivência com rappers femininas da Mnet, chamado Unpretty Rapstar, que ganhou uma popularidade inesperada. Mesmo com uma eliminação bastante controversa, Tymee afirmou que o programa lhe deu a inspiração necessária para voltar a fazer Rap, ao ver a garra das participantes dentro do jogo. Ainda em 2015, Tymee lançou o single "Love Is" em colaboração com a cantora Subin do grupo Dal Shabet.




Então pessoal, assim chegamos ao fim desta postagem. Gostaram? Foi extremamente gratificante fazer esta postagem. Tymee teve uma dura trajetória, porém é extremamente inspirador ver que ela continua produzindo sua música. Sua coragem de enfrentar os problemas é realmente um exemplo para todos nós!

Possuem alguma curiosidade para conhecer algum/alguma rapper mais a fundo? Conta pra gente comentando aqui ou no Facebook! Esperamos que vocês continuem acompanhando nosso blog e nossa página!




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REFERÊNCIAS:
[1] https://www.reddit.com/r/KTymee/wiki/index
[2] http://omonatheydidnt.livejournal.com/10379757.html
[3] https://en.wikipedia.org/wiki/Tymee
 
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